Persistência de Decíduos
Ocorre quando o dente decíduo (“de leite”) permanece firme no alvéolo, enquanto seu substituto permanente já está erupcionando.
Condição comum em cães e raramente observada em gatos.
A retenção da dentição decídua está relacionada com a má posição da dentição permanente. Sugere-se predisposição hereditária pelo menos em algumas raças.
Atinge principalmente raças de cães de pequeno porte e anãs (toys).
Conseqüências:
– Pode causar ou agravar má oclusão;
– O dente permanente está quase sempre posicionado na face lingual do dente decíduo, levando a traumas no tecido do palato mole por oclusão;
– Pode promover doença periodontal, vide caso clínico em foco, pois os dentes decíduos e permanentes ficam geralmente “apinhados”.
Desta maneira, sugere-se a extração de dentes decíduos, tão logo um dente decíduo e seu permanente estiverem ao mesmo tempo na cavidade oral.
Phillippe Hennet
Diplomado pelo Colégio Americano de Odontologia Veterinária
CASO CLÍNICO EM FOCO:
Antes do tratamento:
1 e 2 – Durante o exame clínico presença de fístula sub-ocular, dentes decíduos persistentes (em destaque) predispondo a doença periodontal e má oclusão.
Depois do tratamento:
3 e 4 – Sete dias após o tratamento periodontal (com extrações), regressão da fístula e ganho de peso de 180g.